sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

cegueira bendita!

ando perdida nestes Sonhos verdes
de ter nascido e não saber quem sou,
ando ceguinha a tactear paredes
e nem ao menos sei quem me cegou!

não vejo nada, tudo é morto e vago...
e a minha alma cega, ao abandono
faz-me lembrar o nenúfar dum lago
estendendo as asas brancas cor do sono...

ter dentro da alma a luz de todo o mundo
e não ver nada neste mar sem fundo,
Poetas meus Irmãos, que triste sorte!...

e chamam-nos a nós Iluminados
pobres cegos sem culpas, sem pecados
a sofrer pelos outros até à morte!

Florbela Espanca


Obs: doce maggy, não te demitas! não te rendas à indiferença dos demais, fugindo à verdadeira esência de ti mesma. a tua capacidade altruista de ver o que te rodeia é que nos conduz a todos a bom porto. acredita quando te digo: tu fazes do mundo, do meu mundo, do mundo que partilhamos um lugar melhor. mantém-te assim, forte e recta, que eu cá estarei!

bjs

domingo, 2 de dezembro de 2007

só p'ra ti amiga verde! mas isto por encomenda é mais complicado...

amiga, eu faço-te a vontade e dou notícias, mas isto assim por encomenda é mais complicado! é que quando não escrevo é porque de facto não há muito a dizer! como explicá-lo?!....

sinto-me assim como que desnorteada, sei que não estou bem mas não tenho exactamente a certeza de como poderia estar melhor. trata-se de uma espécie de impotência consentida! encontro-me num estado de inconsistência gelatinosa, e não sei como reagir, ou se quero fazé-lo, ou... sei lá!

o motor da escrita oscila entre dois polos; quando estou triste ou menos bem, escrevo como forma de expurgar o que me vai na alma e magoa o coração, é um respirar de ar fresco que me invade e refresca; já quando estou bem, quando algo de extraordinariamente bom me acontece, a escrita é uma montra, onde pinto e pintalgo as alegrias, emoções, sensações e sentimentos que iluminam o meu dia-a-dia! de qualquer forma partilhar é sempre a meta! actualmente... estou neste meio-termo, em que não chove nem molha, e eu não vou nem fico! numa metáfora decididamente feminina: é como se estivesse magrérrima e ainda assim roupa alguma me ficasse bem! percebes?!

de qualquer forma, amiga verde, as tuas palavras são sempre um alento e escrever para alguém como tu, que o faz de forma inigualável e extraordinária é sempre um privilégio!

beijos



terça-feira, 13 de novembro de 2007

mais do mesmo...

comigo nada de novo!

tudo na mesma o que me enerva e exaspera por vezes, nas restantes é-me igual!

mais do mesmo...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

a vida é curiosa! nós, as nossas atitudes, acções e emoções mais ainda! somos seres insatisfeitos. é um defeito, ou quem sabe uma virtude, de fabrico. nascemos programados, uns mais do que outros, é certo, para sermos assim, sentirmo-nos insatisfeitos, ir mais além, tentarmos ser mais e melhores pessoas, digo eu, mas correndo o risco de mentir descaradamente, porque nesta sociedade que é a nossa os valores escasseiam e o que realmente conta é o material, mas isso são outros tantos...até porque cada um é como cada qual!

voltemos ao início; ora então somos seres ambiciosos, eu nem tanto assim, e agora que a hora me chega (e a hora que te espreita é só tua, decerto não será só a que resta, a hora que esperaste a vida toda, é esta...ai...é esta - nas palavras do Pedro Ayres Magalhães e magistralmente cantado pela Teresa Salgueiro) tenho... um misto de sensações, em nada próximas da euforia ou felicidade devidas. isso é miaúfa, diz-me a Bárbara, e dito por ela assume contornos ainda mais caricatos do que os que já lhe são inerentes, mas que aconchegado naquele abraço repleto de amizade me toca a alma e aconchega o coração. será concerteza! porque é sabido que não lido bem com as mudanças, e como taurina que sou, o comodismo é parte essencial de mim e a estabilidade impera no meu modo de vida. mas desta vez nem é isso, mas antes como se esta nova fase que se inicia não me pertencesse e eu fosse uma mera espectadora do que se passa.

de qualquer modo, uma nova porta se abre...aguardamos desenvolvimentos... a ver vamos o que se passa para lá da ombreira....

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

está como há-de ir




nem sei bem como colocar, mas a tarefa e o dever são meus, e se há que fazé-lo, então serei breve, de modo a não prolongar desnecessariamente o desconforto de todas nós!

já morreu! está lá ainda, o tronco firme, nos braçinhos a nudez! resteas de vida ainda se encontram, mas amareladas pelo tempo. de novo... não há nada!

p'ro ano que vem quero uma mala, tá!?

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

o outro lado

de facto dou comigo a pensar que nunca se conhece verdadeiramente ninguém... por muito tempo que se conviva, muitas experiências que se partilhem, segredos que se dividam e sentimentos que se confundam, existem pessoas a quem nunca conhecemos verdadeiramente. hoje descobri mais uma! não! não descobri, confirmei o que já sabia! que as pessoas mudam consoante as situações, mudam muito! não se adaptam, antes se moldam, transformam, e por vezes isso pode ser terrível. porque quando julgávamos conhecer alguém, tal pessoa não existe, e o desalento e tristeza são grandes!

haja espinha dorsal, digo eu! porque doutro modo, somos todos vermes. e eu certamente que não quero ser uma minhoca!!!

vocês?

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

o tapete que me fugiu

hoje fugiu-me o tapete! de repente o chão descambou e fiquei ali, a pairar no vazio, sem ponto de partida ou chegada, apenas pairando... no vazio! foi um murro no estômago! no meu estômago!

voltei à teoria do hemafrodita! mas se assim é: metade de mim, onde estás? volta! vem! que estou carente e preciso de colo! de quem me dê a mão. me aconchegue a roupa e me faça sorrir! vem, que eu preciso do resto de mim...

chorar cansa-me! doem-me os olhos e a cabeça! estou um caco! eu... um caco!

....

domingo, 19 de agosto de 2007

vocês e eu... nós e os outros... o mundo

estava a ver os vossos blogues! tão diferentes! tão comuns à minha pessoa! tão nós...

dei comigo a pensar no que nos une, nos que separa, na minha quota-parte de mau feitio, de sorriso sincero, de lágrimas recorrentes, queixas sempre iguais, que vocês ouvem pacientemente, compreendem por amizade, questionam enquanto ser racional, mas partilham...

estou a sorrir, porque de facto pensar em nós só pode ter tal efeito! os nossos jantares, as conversas atabalhoadas, as horas corridas e sempre saborosas, estar convosco rejuvenesce-me a alma, recarrega-me as baterias e aumenta-me o album de fotografias...

no fundo o que quero mesmo dizer é: Obrigado! a vossa amizade faz-me bem e é-me preciosa.

um beijo!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

vida de cão?! uma ova! www.bacrux.blogspot.com

Bx Banheira, 15 de Agosto de 2007

Querida Dadinha,

Como estás?

Amei, simplesmente amei o teu texto! Directo, franco, sem falsos pudores ou elogios desnecessários. E aproveito desde já para te informar de que cá em casa, eu e a rapariga, adoramos a tua pessoa. Sim, porque ao menos a tua Bá percebe as diferenças entre um cão e um gato, coisa que a minha Jonas insiste em não conseguir apreender. E como tal persiste nos beijos, nas festas, nos abraçinhos apertados, como se eu fosse um mero e obediente cãozinho, que abana o rabo quando ela chega e se coloca a jeito para duas ou três festas ao som de frases tontas (não nego, vou sempre, ou quase sempre, buscá-la à porta, mas isso é porque tenho tempo disponível). Não te indignes, compreendo e aceito o papel da tua raça, mas aqui entre nós, vocês quando querem são assim meio p'ro DAH! Se bem que tu, loira e magnifica, és um exemplar do melhor que por ai se vê! Estás é a ficar gordinha, há que ter cuidado com a linha, amiga!

De qualquer forma, e porque é uma realidade, a minha Jonas é uma querida! Nunca sai sem se despedir, refila, mas faz-me sempre as vontades, e apesar de eu, inadvertidamente, a magoar com as unhas (maravilhosas) e os dentinhos (agora, graças a ela apenas meia dúzia) a brincar, nunca deixa de me dar mimo. Enfim, não tenho culpa de ser extraordinária, pois não?!...

Ah, e há a outra... acho que é mãe dela, ou coisa que o valha! Também vem sempre ver de mim, insiste em chamar-me Fifi (o nome é Fiona, ok?! Esses nomes queridinhos são para os seus cães, que apreciam essas coisas de gente piegas) mas é doce, gosta muito de mim, nota-se, e mima-me sempre com um petisquinho extra. Abençoada senhora!

Bom, um beijo grande à prima Francesca,

Para ti outro,

Fiona

terça-feira, 14 de agosto de 2007

É cedo.

O dia de ontem acabou tarde, o de hoje começou cedo, mas o animo não mudou, Ou melhorou. Ou qualquer coisa desse género.

O sol brilha, os passarinhos cantam e as ovelhas agitam os chocalhos (aqui na santa terrinha é possível acordar ao som destas maravilhas da natureza), a calmaria a tudo e todos apazigua. E eu cá estou, mas não sei bem! Gosto muito de cá estar! O tempo tem uma cadência distinta, as horas não correm, antes deslizam e os dias espreguiçam-se, em momentos inigualáveis noutro qualquer local. Mas ainda assim...

Fazes cá falta tu para que tudo isto faça sentido! Porque de facto para mim Salvaterra é contigo, e se noutros aspectos já cortei o cordão, neste não, e fazes cá falta, para que toda esta beleza fique verdadeiramente iluminada, transmitindo a calmaria esperada. Fazes cá falta, porque mais do que um hábito, vir contigo é uma espécie de vicio, de doença, para a qual ainda não existe medicação. Pelo que fazes cá falta e eu sinto-me assim-assim.

domingo, 5 de agosto de 2007

o mundo ao contrário

Há momentos, em que na introspecção de nós mesmos, deambolamos pelo que somos e desejávamos ser, pelo que planeámos fazer, o que sonhámos e não concretizámos, o que ansiávamos ser uma vez crescidos, e o sitio onde nos encontramos agora. Ou os sitios onde já estivemos. Ou ambos! Tudo o que não foi planeado, sonhado, idealizado... mas aconteceu. E é nesses momentos que o turbilhão da nossa vida aflora, de modo espontâneo e sincero, em lufadas de recordações agridoces, com trago a desafio ultrapassado ou a batalha perdida,. São momentos, odores, sensações e sentimentos. E nessa altura, percebemos quem somos e como chegámos aqui.

E nessa altura sorrio! Porque compreendo cada um, cada acção, revivo, choro ou sorrio mas percebo... tudo isto eu já vivi!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

ando cansada! desmotivada! esta semana então...sinto-me... incapaz, que é como quem diz, incompetente, ou recorrendo a um eufemismo simpático, stressada! apesar do esforço, do empenho na tentativa de que tudo corra pelo melhor, parece existir sempre algo que falha, causando-me dissabores e preocupação constante. é mau! é muito mau! deitar-me a pensar em situações do trabalho e acordar com as mesmas ideias , é sinónimo de não descansar. eu sei que já o disse mas é realmente mau! é um acordar cansado, com a sensação, nitida como o meu reflexo no espelho, que o dia será imenso, porque ainda que em casa, o trabalho estará comigo, numa companhia não convidada, inoportuna e maçadora. e eu odeio sentir-me assim! odeio que as coisas escapem do meu controlo. odeio olhar para o lado em busca de alguma orientação e ao invés receber lamúrias e queixas. assim como não suporto a auto-piedade, que algumas pessoas insistem em sentir por si mesmas, como se isso as tornasse melhores seres humanos aos olhos dos outros!

as férias espreitam já!... mas até lá o sentido permanecerá alerta, cansado e lutador. no fundo o que mais desejo é que tudo se resolva!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

nunca ninguém está totalmente bem. ninguém nunca está completamente feliz (exceptuando tu, ana barbára, nesta fase louca da tua subida de rio, ou tu, doce catarina, que vês em cada um de nós o melhor que guardamos cá dentro e crias um mundo feliz para ti e todos os que te rodeiam). porque ser feliz é complicado! porque nós complicamos o acto de sermos felizes. a vida, na sua pressa quotidiana, tolda-nos os sentidos e aniquila-nos as hipóteses e por vezes o que está tão perto aparenta estar tão distante que a felicidade morre, a um passo, nas nossas mãos.

reflectindo um pouco mais é tudo uma questão de lealdade, acho eu, ou quem sabe de mero amor-próprio. alguns amam em demasia, abstraem-se de si mesmos, anestesiando os seus desejos e vontades, ficando prisioneiros; para esses a felicidade é externa, dependente de uma segunda-parte, que nunca lhes pertence e que a qualquer momento lhes foge... como a maré na vazante, que abandona a praia que todos os dias volta a beijar. os demais invertem a equação; amam em catadupa, querem em exagero, valorizam ao extremo, tudo em e para si. a sua vontade é soberana. a sua razão a válida. Egoistas? talvez, não sei. Felizes? uns quantos, não mais. mas também estes não o conseguem sozinhos, porque sem ninguém sobre quem exercer a sua magnitude, de nada lhes serve o controlo e a razão, e a felicidade tarda em chegar-lhes.

a lealdade de que falo é para com cada um de nós. é amor por nós, que se reflecte nos demais. é sentimento, capaz de revelar o melhor de cada um, na esperança sincera de que tal seja aceite, e com a certeza de que só assim vale a pena.

miga, quando choras como hoje, eu choro contigo, porque me dói a alma de saber-te assim. por isso, e porque a tua felicidade é também minha, sabes que estou aqui. hoje e sempre... para te ver sorrir!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

foi mais ou menos assim

Como tudo começou. ..

Eu estava miserável, as lágrimas pareciam infinitas e a cabeça explodia-me de dor. O coração também, de tão apertado, que mais parecia não respirar, estava até um pouco catatónica. Foi no mês passado, mas olhando para trás parece já tão longe! O tempo voa, escorre-nos pelas mãos em lufadas leves e ternas. Os dias passam, os anos correm, nós mudamos.

Eu mudei! Não na essência, mas mudei! A minha nova condição é aceite e agraciada, hoje, de forma calma e bela. Porque por muito que custe, existem decisões que não podemos adiar. Crescer é uma delas. E porque não há o que adiar.... há que viver.

De qualquer forma e por estranho que isto pareça, no fundo o que me interessa dizer é que está tudo bem. Só podia!

terça-feira, 17 de julho de 2007

o bom, o mau e o assim-assim

estou aborrecida! é inegável! doi-me a cabeça, sinto um burburinho, estou irritante! mas de facto a impotência é o pior dos sentimentos! porque é avassalador em todos os sentidos. não dá margem de manobra. nem sei bem como colocar... é desarmante! quando aparece causa danos... muitos... e alguns permanentes.

estou aborrecida! porque sentir-me impotente tolda-me o discernimento e causa-me arrepios. a incapacidade (ainda que não permanente) de não conseguir finalizar aquilo que pretendo é indescritivel. e por mais que queira não chego lá... brrr

amanhã será melhor! por agora... nada mais há a fazer

domingo, 15 de julho de 2007

é antigo este...10.10.1995

Quão triste é a solidão de quem não quer estar só...
Pois se quando com alguém está, somente sozinho lhe apetece
Bem triste é o saber de não saber
O infeliz contente!
Vai vivendo e sorrindo..vai-se julgando feliz
E a vida por si vai passando
E os anos nada trazem para si.

terça-feira, 10 de julho de 2007

estava p'ra aqui a pensar sobre o tema desta dissertação e depois lembrei-me... isso é seguramente o de menos importância. escrevo porque sim! porque é e foi sempre igual. porque sempre escrevi como forma de expurgar a alma e expiar os sentidos. porque comunicar desta forma permite-me dizer tudo aquilo que a voz nem sempre consegue, mas que grita cá dentro e anseia por sair. o tema sou eu. o que me rodeia. o que me aflora ao teclado. escrevo, porque escrever é-me tão intrinseco, como respirar, sorrir e chorar. para mim ser humana é escrever, é dividir, é partilhar. escrevo porque enfim...

sábado, 30 de junho de 2007

os salmões e a desova

Nós, os salmões e a desova.

O futuro de todos nós!

Sim, Bábá, somos como os salmões, que correm para um fim próximo e certo, tal como nós, numa competição feroz onde não existem vencedores nem vencidos, apenas sobreviventes, no nosso caso, que os salmões nem isso, senão forem os ursos é o destino padrasto que é o seu, quem decide a sua hora. Mas não é só, para nós a desova não é a mesma, nem simultanea, ou final. Na nossa corrida (que bem podia chamar-se a mais louca do mundo, com os seus carros, batotices e caminhos sinuosos) os demais intervenientes ganham forma, nome, personalidade. São companheiros, amigos, camaradas, partilham, dividem, transformam e criam, em nós e à nossa volta o que temos de melhor, a vida!

É por isso que sem os meus salmões, que são vocês, a minha subida do rio seria tão mais complicada, que não sei mesmo se chegaria ao destino final.

E se não chegasse, o filme não tinha graça!

domingo, 24 de junho de 2007

é mais ou menos isto...

Tenho saudades tuas... mas não é de ti, é de nós. Da fase tonta do enamoramento, onde o mundo é cor-de-rosa, as pessoas são felizes e nós nos sentimos a pessoa mais importante do mundo. Do teu mundo! Aquela fase pateta em que as horas não interessam, as refeições são o que for, as chamadas imperam, o sorriso povoa o rosto, independentemente de tudo...independentemente de todos. O amor estupidifica, costumo dizer. É agressivo, eu sei, mas não deixa de ser verdade. É como se de um dia para o outro tudo à nossa volta sofresse uma metamorfose, quando na realidade a única diferença está no olhar. Em nós. No sentimento lamechas que nos invade, comanda as nossas vontades, impera nas nossas horas e domina o nosso ser. Ficamos outros. Somos outros. Mas nem sempre melhores! Ainda assim e apesar de tudo, tenho pensado em ti, e tenho tido saudades... minhas! Em estado de encantamento e indiscutivelmente a sorrir para um mundo infinitamente melhor. Mais tonta, mais alegre, mais embevecida por ti e pelo teu olhar. Mais amante e mais amada! Tenho saudades tuas, em mim.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

As mães são sábias.


As mães são sábias! Tiram o curso na esocla de mães e transformam-se: desabrocham em mulheres sábias e ponderadas, onde recorremos sempre. São porto de partida e de chegada, lêem-nos como nós próprios não conseguimos: por dentro, por fora, do avesso, de perto ou ao longe. Sabem de nós o que nós não conseguimos entender e aceitam. Amam! Protegem e cuidam! São mães!

A minha Leta é assim. Amiga, companheira, ouvinte, presente, o mais belo ser humano, colocando o bem estar dos outros à frente de si mesma, SEMPRE. Mulher decidida, de armas, frontal, com riso estridente e uns olhos que quando sorriem iluminam o meu mundo. Activa, perfeccionista, disponível. Uma grande mãe, uma extraordinária filha, uma irmã presente, uma vizinha moderada, uma dona extremosa, a minha mãe.

E porque cada carinho seu me guia, cada sorriso transbordante de amor me diz que a vida faz sentido... Porque cada dia que passo contigo é mais um dia feliz eu tinha de to dizer: AMO-TE! És tudo o que eu anseio ser.

Um beijo!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

crescer custa, e dói...como dói

Faço hoje a mudança.

A definitiva! Onde tudo o que é meu, me segue, cortando de algum modo o cordão umbilical que me liga à Leta. Ou não. Claro que não, ela está já ali, a dez minutos, e a casa também lá está, com os meninos, fotos minhas, fotos nossas, odores, memórias, o meu passado recente! Mas dói! Crescer custa, e dói...como dói! Porque me sinto triste?! Não sei. Talvez porque a mulher dura e decidida, seja apenas de fachada! Porque no fundo permaneço a menina que sempre fui, a menina que precisa de colo, que quer carinho, que anseia ser feliz. Porque todos somos meninas e meninos à procura do futuro. À procura de um futuro!

Porque quando somos crianças o mundo é enorme, mas quando crescemos ele permanece igual. Enorme! Vasto na sua magnitude. E nós... fazemos o nosso melhor. Crescemos a cada dia, a cada hora, em cada decisão, a cada olhar, um passo que nos leva mais além. Viver é isto! Viver é assim!

A mudança continua. Comigo e tudo o que é meu, na casa que é minha, como eu assim entender. Porque eu decidi e já sabia como ia ser. Mas ainda assim... custa! E dói!