quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

o que não nos mata, torna-nos mais fortes?! sim, digam-me que sim, porque há alturas em que só uma mentira piedosa nos poderá valer! serei eu uma pessoa sem escrupulos? as acções dos demais servem-me de sustento? escudo-me nelas para justificar atitudes e opções menos correctas? recorro a desculpas de mau pagador, é a questão que se coloca??? porque as minhas verdades não são necessariamente verdadeiras, o que o meu olhar alcança é turvo e adulterado por sentimentos que me povoam! sou uma pessoa indigna? a ânsia, a necessidade de provar algo tornam-me em alguém menos ortodoxo?

não, não procuro uma resposta vossa. nem tão pouco um afago amigo ou um abraço sentido! não quero e pior, hoje, acho que não mereço! o sentimento que agora me invade é horrível! nada ou ninguém pode atenuá-lo! hoje nem chorar me expurga a alma! e o sentimento de fraqueza é... se fiz algo de errado, apenas à minha consciência devo explicações, e essa cobra-me bem alto os juros das minhas acções. é uma juíza implacável, onde não existe apelo ou agravo! a inquietação é tormenta bastante! e gigantesca! mais logo, amanhã, daqui por um mês, tudo terá passado! em mim??? ficou marcado a fogo!

a idade traz sabedoria.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

cavaleiro monge

Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por casas, por prados.
Por quintais e por fontes,
Caminhais aliados.
Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por penhascos pretos,
Atrás e defronte,
Caminhais secretos.
Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por plainos desertos,
Sem ter horizontes,
Caminhais libertos.
Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,

Cavaleiro monge,
Por ínvios caminhos,
Por rios sem ponte,
Caminhais sozinhos.

Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por quanto é sem fim,
Sem ninguém que o conte,
Caminhais em mim.



Fernando Pessoa

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Friends... ou o Sexo e a Cidade!


Sabes ainda agora quando te disse que tinha coçado a acabeça em jeito de: não sei bem o que dizer! Esqueci-me de te dizer que também sorri! Porque de facto dou comigo a pensar que somos uma trupe como poucas. Dignas de uma série ou concurso televisico... o chamado reality-show... e emitido pela TVI! Garantidamente! E por falar em séries?! Decididamente terá que ser o Sexo e a Cidade. As semelhanças são por demais evidentes, as situações igualmente surreais e nós... falar em causa própria é sempre complicado. Quanto a ti, doce aranha perdida na própria teia que teceu?! Como te enganas. Se mo permites, nem tão pouco és uma aranha, nem o que te rodeia a respectiva teia. Serás, porventura, um doce bicnhinho da seda, no seu casulo aconchegante, preparando-se para vir ao mundo... uma suave borboleta, voando, alto e livre, neste mundo por descobrir, e com tanto por experimentar. O medo... o medo é humano. E definitivamente presente! Mas nunca paralisante! Voa... que se caires, eu cá estarei para te apanhar! Voa! Que eu um dia farei o mesmo!