quarta-feira, 21 de janeiro de 2009



















Eu!... Back in the game....

domingo, 18 de janeiro de 2009

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

miúda, estás bem???

não!! mas vou ficar…

E não te disse o resto, tudo aquilo que te quero dizer. Porque já uma vez mencionei que trabalho ao retardador, lembraste? Não te disse que me magoa a nossa distância, hoje menos do que ontem, certamente, e talvez por isso esta seja, provavelmente, a última vez que me massacro e aos demais acerca de nós. Ou não… porque é sabido que sou como sou… complicada. A verdade? Contigo senti-me mais bonita, mais mulher, mais viva! Contigo arrisquei tudo, sem medos, preconceitos ou reservas… entreguei-me em pleno e sonhei, acreditei no sonho, terá sido esse o meu erro? Não distribuo culpas, não existem, apenas factos, situações que aconteceram de determinado modo e não doutro porque foi como tinha que ser. Mas se me defendi a dado momento, se algo mudou entre nós, foi concerteza porque os teus receios causam danos colaterais. Desculpa dizer-to, mas não podia guardá-lo. E se calhar também tu sentiste o mesmo...

No domingo o que mais queria ouvir era uma palavra tua de empenho, uma vontade de fazer com que desse certo, queria que me perguntasses se estava disposta a tentar, porque dentro de mim a resposta ecoava a altos gritos que sim, novamente em pleno, novamente por nós. Novamente como no início!

Ontem fui fraca e não resisti… falámos e despedimo-nos. Em mim, os pensamentos já mais esbatidos mas ainda existentes, a saudade do teu cheiro, das tuas mãos e da expressão única que sempre adorei. Mas o tempo tudo cura, a seu tempo, mas cura.

Alongo-me em devaneios sempre iguais porque no fundo não quero esquecer-te, para não me esquecer de como é… para não sentir o desalento do fracasso. Mas o mais importante e que não posso deixar de te dizer: eu queria muito ser feliz contigo, e tu? Estás disposto a isso?


14 de Janeiro de 2009, 08.40

domingo, 11 de janeiro de 2009

quando um não quer, dois não dançam

tá feito!

fomos cordiais! dissemos os motivos, chegámos à conclusão! e ficou tudo bem, porque somos adultos e civilizados.

eu? curiosamente sinto-me bem! sim. pelo menos por agora, pelo menos para já. e sim, quando as mensagens chegam ainda anseio, mas amanhã será menos assim, depois menor, e daqui a algum tempo terá passado.

mas foi bom, não foi? e isso é o que importa.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

tenho saudades tuas, que é como quem diz que tenho saudades nossas. dos nosso primeiros tempos, do teu sorriso aberto, braços fortes e cheiro doce; sinto vontade que me abraces, que me digas como outrora que vai correr tudo bem, que me arranjes o cabelo, beijes os lábios e sussurres ao ouvido. hoje sinto-me assim… hoje mais do que nunca! e sei que o dia que aguarda demora e tarda, porque queria ver-te hoje, agora, a cada instante e sentir as borboletas… que há muito voaram para longe de mim, para longe de nós… este jogo tonto já não me é prazeiroso, se é que alguma vez foi. é um jogo sem nexo, onde nenhum de nós poderá ganhar e onde sei que tenho tudo a perder, ou que perdi já, nem o sei bem, sabes tu?
há muito que não escrevia assim, deixar correr as palavras, dar voz e expressão a sentimentos que nem eu mesma posso explicar;
há muito que não me sentia assim, tão perdida do norte, tão longe de mim… mas de tudo isto algo é certo: de nada me arrependo, nem meu, nem para ti, porque apesar de tudo, isto é… já nosso.
" se eu tivesse um super-poder neste momento desaparecia. Para bem longe, para além do visivel. Mas as lágrimas que me molham as faces deixariam um rasto de magoa… que está para além dum simples olhar. Porque não é a queda que doi, mas antes a sua eminência e o caminho traçado a passos largos… que me conduziu até aqui… estou e sinto-me triste! Quero voltar a ser criança e acreditar em super-poderes. Quero e mereço ser feliz! Se eu tivesse super-poderes tudo podia, hoje só quero ser invisível… mas não sou"
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os vossos comments amparam-me a queda e iluminam o que está diante de mim e eu nem sempre vejo. que independentemente de tudo e de todos vocês estão sempre ai... e isso é o melhor que posso ter. obrigado.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

sabes quando te sentes sem rumo? como se flutuasses não sabes bem nem como ou porquê e a única certeza que possuis é que vais cair… desamparada, numa superfície desconhecida, escura e fria?! pois é… eu também sei e reconheço a queda a aproximar-se a veloz velocidade e pior ainda, nada posso fazer para a impedir porque fui eu quem me colocou nesse caminho. e não por falta de aviso, certamente. nunca por falta de chamadas de atenção. e quanto ao desconhecimento… impossível invocá-lo, tudo estava perfeitamente claro e assumido. este filme é-me demasiado familiar, não na primeira pessoa - mas também para isso há sempre uma primeira vez -, e o desfecho tão previsível que dou comigo a sorrir quando percebo como podemos ser inocentes, apesar de tudo, apesar de todos. os desabafos esses…não encontram eco… porque afinal, a queda vai ser só minha…