quarta-feira, 29 de agosto de 2007

o tapete que me fugiu

hoje fugiu-me o tapete! de repente o chão descambou e fiquei ali, a pairar no vazio, sem ponto de partida ou chegada, apenas pairando... no vazio! foi um murro no estômago! no meu estômago!

voltei à teoria do hemafrodita! mas se assim é: metade de mim, onde estás? volta! vem! que estou carente e preciso de colo! de quem me dê a mão. me aconchegue a roupa e me faça sorrir! vem, que eu preciso do resto de mim...

chorar cansa-me! doem-me os olhos e a cabeça! estou um caco! eu... um caco!

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domingo, 19 de agosto de 2007

vocês e eu... nós e os outros... o mundo

estava a ver os vossos blogues! tão diferentes! tão comuns à minha pessoa! tão nós...

dei comigo a pensar no que nos une, nos que separa, na minha quota-parte de mau feitio, de sorriso sincero, de lágrimas recorrentes, queixas sempre iguais, que vocês ouvem pacientemente, compreendem por amizade, questionam enquanto ser racional, mas partilham...

estou a sorrir, porque de facto pensar em nós só pode ter tal efeito! os nossos jantares, as conversas atabalhoadas, as horas corridas e sempre saborosas, estar convosco rejuvenesce-me a alma, recarrega-me as baterias e aumenta-me o album de fotografias...

no fundo o que quero mesmo dizer é: Obrigado! a vossa amizade faz-me bem e é-me preciosa.

um beijo!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

vida de cão?! uma ova! www.bacrux.blogspot.com

Bx Banheira, 15 de Agosto de 2007

Querida Dadinha,

Como estás?

Amei, simplesmente amei o teu texto! Directo, franco, sem falsos pudores ou elogios desnecessários. E aproveito desde já para te informar de que cá em casa, eu e a rapariga, adoramos a tua pessoa. Sim, porque ao menos a tua Bá percebe as diferenças entre um cão e um gato, coisa que a minha Jonas insiste em não conseguir apreender. E como tal persiste nos beijos, nas festas, nos abraçinhos apertados, como se eu fosse um mero e obediente cãozinho, que abana o rabo quando ela chega e se coloca a jeito para duas ou três festas ao som de frases tontas (não nego, vou sempre, ou quase sempre, buscá-la à porta, mas isso é porque tenho tempo disponível). Não te indignes, compreendo e aceito o papel da tua raça, mas aqui entre nós, vocês quando querem são assim meio p'ro DAH! Se bem que tu, loira e magnifica, és um exemplar do melhor que por ai se vê! Estás é a ficar gordinha, há que ter cuidado com a linha, amiga!

De qualquer forma, e porque é uma realidade, a minha Jonas é uma querida! Nunca sai sem se despedir, refila, mas faz-me sempre as vontades, e apesar de eu, inadvertidamente, a magoar com as unhas (maravilhosas) e os dentinhos (agora, graças a ela apenas meia dúzia) a brincar, nunca deixa de me dar mimo. Enfim, não tenho culpa de ser extraordinária, pois não?!...

Ah, e há a outra... acho que é mãe dela, ou coisa que o valha! Também vem sempre ver de mim, insiste em chamar-me Fifi (o nome é Fiona, ok?! Esses nomes queridinhos são para os seus cães, que apreciam essas coisas de gente piegas) mas é doce, gosta muito de mim, nota-se, e mima-me sempre com um petisquinho extra. Abençoada senhora!

Bom, um beijo grande à prima Francesca,

Para ti outro,

Fiona

terça-feira, 14 de agosto de 2007

É cedo.

O dia de ontem acabou tarde, o de hoje começou cedo, mas o animo não mudou, Ou melhorou. Ou qualquer coisa desse género.

O sol brilha, os passarinhos cantam e as ovelhas agitam os chocalhos (aqui na santa terrinha é possível acordar ao som destas maravilhas da natureza), a calmaria a tudo e todos apazigua. E eu cá estou, mas não sei bem! Gosto muito de cá estar! O tempo tem uma cadência distinta, as horas não correm, antes deslizam e os dias espreguiçam-se, em momentos inigualáveis noutro qualquer local. Mas ainda assim...

Fazes cá falta tu para que tudo isto faça sentido! Porque de facto para mim Salvaterra é contigo, e se noutros aspectos já cortei o cordão, neste não, e fazes cá falta, para que toda esta beleza fique verdadeiramente iluminada, transmitindo a calmaria esperada. Fazes cá falta, porque mais do que um hábito, vir contigo é uma espécie de vicio, de doença, para a qual ainda não existe medicação. Pelo que fazes cá falta e eu sinto-me assim-assim.

domingo, 5 de agosto de 2007

o mundo ao contrário

Há momentos, em que na introspecção de nós mesmos, deambolamos pelo que somos e desejávamos ser, pelo que planeámos fazer, o que sonhámos e não concretizámos, o que ansiávamos ser uma vez crescidos, e o sitio onde nos encontramos agora. Ou os sitios onde já estivemos. Ou ambos! Tudo o que não foi planeado, sonhado, idealizado... mas aconteceu. E é nesses momentos que o turbilhão da nossa vida aflora, de modo espontâneo e sincero, em lufadas de recordações agridoces, com trago a desafio ultrapassado ou a batalha perdida,. São momentos, odores, sensações e sentimentos. E nessa altura, percebemos quem somos e como chegámos aqui.

E nessa altura sorrio! Porque compreendo cada um, cada acção, revivo, choro ou sorrio mas percebo... tudo isto eu já vivi!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

ando cansada! desmotivada! esta semana então...sinto-me... incapaz, que é como quem diz, incompetente, ou recorrendo a um eufemismo simpático, stressada! apesar do esforço, do empenho na tentativa de que tudo corra pelo melhor, parece existir sempre algo que falha, causando-me dissabores e preocupação constante. é mau! é muito mau! deitar-me a pensar em situações do trabalho e acordar com as mesmas ideias , é sinónimo de não descansar. eu sei que já o disse mas é realmente mau! é um acordar cansado, com a sensação, nitida como o meu reflexo no espelho, que o dia será imenso, porque ainda que em casa, o trabalho estará comigo, numa companhia não convidada, inoportuna e maçadora. e eu odeio sentir-me assim! odeio que as coisas escapem do meu controlo. odeio olhar para o lado em busca de alguma orientação e ao invés receber lamúrias e queixas. assim como não suporto a auto-piedade, que algumas pessoas insistem em sentir por si mesmas, como se isso as tornasse melhores seres humanos aos olhos dos outros!

as férias espreitam já!... mas até lá o sentido permanecerá alerta, cansado e lutador. no fundo o que mais desejo é que tudo se resolva!