sábado, 30 de junho de 2007

os salmões e a desova

Nós, os salmões e a desova.

O futuro de todos nós!

Sim, Bábá, somos como os salmões, que correm para um fim próximo e certo, tal como nós, numa competição feroz onde não existem vencedores nem vencidos, apenas sobreviventes, no nosso caso, que os salmões nem isso, senão forem os ursos é o destino padrasto que é o seu, quem decide a sua hora. Mas não é só, para nós a desova não é a mesma, nem simultanea, ou final. Na nossa corrida (que bem podia chamar-se a mais louca do mundo, com os seus carros, batotices e caminhos sinuosos) os demais intervenientes ganham forma, nome, personalidade. São companheiros, amigos, camaradas, partilham, dividem, transformam e criam, em nós e à nossa volta o que temos de melhor, a vida!

É por isso que sem os meus salmões, que são vocês, a minha subida do rio seria tão mais complicada, que não sei mesmo se chegaria ao destino final.

E se não chegasse, o filme não tinha graça!

domingo, 24 de junho de 2007

é mais ou menos isto...

Tenho saudades tuas... mas não é de ti, é de nós. Da fase tonta do enamoramento, onde o mundo é cor-de-rosa, as pessoas são felizes e nós nos sentimos a pessoa mais importante do mundo. Do teu mundo! Aquela fase pateta em que as horas não interessam, as refeições são o que for, as chamadas imperam, o sorriso povoa o rosto, independentemente de tudo...independentemente de todos. O amor estupidifica, costumo dizer. É agressivo, eu sei, mas não deixa de ser verdade. É como se de um dia para o outro tudo à nossa volta sofresse uma metamorfose, quando na realidade a única diferença está no olhar. Em nós. No sentimento lamechas que nos invade, comanda as nossas vontades, impera nas nossas horas e domina o nosso ser. Ficamos outros. Somos outros. Mas nem sempre melhores! Ainda assim e apesar de tudo, tenho pensado em ti, e tenho tido saudades... minhas! Em estado de encantamento e indiscutivelmente a sorrir para um mundo infinitamente melhor. Mais tonta, mais alegre, mais embevecida por ti e pelo teu olhar. Mais amante e mais amada! Tenho saudades tuas, em mim.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

As mães são sábias.


As mães são sábias! Tiram o curso na esocla de mães e transformam-se: desabrocham em mulheres sábias e ponderadas, onde recorremos sempre. São porto de partida e de chegada, lêem-nos como nós próprios não conseguimos: por dentro, por fora, do avesso, de perto ou ao longe. Sabem de nós o que nós não conseguimos entender e aceitam. Amam! Protegem e cuidam! São mães!

A minha Leta é assim. Amiga, companheira, ouvinte, presente, o mais belo ser humano, colocando o bem estar dos outros à frente de si mesma, SEMPRE. Mulher decidida, de armas, frontal, com riso estridente e uns olhos que quando sorriem iluminam o meu mundo. Activa, perfeccionista, disponível. Uma grande mãe, uma extraordinária filha, uma irmã presente, uma vizinha moderada, uma dona extremosa, a minha mãe.

E porque cada carinho seu me guia, cada sorriso transbordante de amor me diz que a vida faz sentido... Porque cada dia que passo contigo é mais um dia feliz eu tinha de to dizer: AMO-TE! És tudo o que eu anseio ser.

Um beijo!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

crescer custa, e dói...como dói

Faço hoje a mudança.

A definitiva! Onde tudo o que é meu, me segue, cortando de algum modo o cordão umbilical que me liga à Leta. Ou não. Claro que não, ela está já ali, a dez minutos, e a casa também lá está, com os meninos, fotos minhas, fotos nossas, odores, memórias, o meu passado recente! Mas dói! Crescer custa, e dói...como dói! Porque me sinto triste?! Não sei. Talvez porque a mulher dura e decidida, seja apenas de fachada! Porque no fundo permaneço a menina que sempre fui, a menina que precisa de colo, que quer carinho, que anseia ser feliz. Porque todos somos meninas e meninos à procura do futuro. À procura de um futuro!

Porque quando somos crianças o mundo é enorme, mas quando crescemos ele permanece igual. Enorme! Vasto na sua magnitude. E nós... fazemos o nosso melhor. Crescemos a cada dia, a cada hora, em cada decisão, a cada olhar, um passo que nos leva mais além. Viver é isto! Viver é assim!

A mudança continua. Comigo e tudo o que é meu, na casa que é minha, como eu assim entender. Porque eu decidi e já sabia como ia ser. Mas ainda assim... custa! E dói!