sexta-feira, 27 de julho de 2007

nunca ninguém está totalmente bem. ninguém nunca está completamente feliz (exceptuando tu, ana barbára, nesta fase louca da tua subida de rio, ou tu, doce catarina, que vês em cada um de nós o melhor que guardamos cá dentro e crias um mundo feliz para ti e todos os que te rodeiam). porque ser feliz é complicado! porque nós complicamos o acto de sermos felizes. a vida, na sua pressa quotidiana, tolda-nos os sentidos e aniquila-nos as hipóteses e por vezes o que está tão perto aparenta estar tão distante que a felicidade morre, a um passo, nas nossas mãos.

reflectindo um pouco mais é tudo uma questão de lealdade, acho eu, ou quem sabe de mero amor-próprio. alguns amam em demasia, abstraem-se de si mesmos, anestesiando os seus desejos e vontades, ficando prisioneiros; para esses a felicidade é externa, dependente de uma segunda-parte, que nunca lhes pertence e que a qualquer momento lhes foge... como a maré na vazante, que abandona a praia que todos os dias volta a beijar. os demais invertem a equação; amam em catadupa, querem em exagero, valorizam ao extremo, tudo em e para si. a sua vontade é soberana. a sua razão a válida. Egoistas? talvez, não sei. Felizes? uns quantos, não mais. mas também estes não o conseguem sozinhos, porque sem ninguém sobre quem exercer a sua magnitude, de nada lhes serve o controlo e a razão, e a felicidade tarda em chegar-lhes.

a lealdade de que falo é para com cada um de nós. é amor por nós, que se reflecte nos demais. é sentimento, capaz de revelar o melhor de cada um, na esperança sincera de que tal seja aceite, e com a certeza de que só assim vale a pena.

miga, quando choras como hoje, eu choro contigo, porque me dói a alma de saber-te assim. por isso, e porque a tua felicidade é também minha, sabes que estou aqui. hoje e sempre... para te ver sorrir!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

foi mais ou menos assim

Como tudo começou. ..

Eu estava miserável, as lágrimas pareciam infinitas e a cabeça explodia-me de dor. O coração também, de tão apertado, que mais parecia não respirar, estava até um pouco catatónica. Foi no mês passado, mas olhando para trás parece já tão longe! O tempo voa, escorre-nos pelas mãos em lufadas leves e ternas. Os dias passam, os anos correm, nós mudamos.

Eu mudei! Não na essência, mas mudei! A minha nova condição é aceite e agraciada, hoje, de forma calma e bela. Porque por muito que custe, existem decisões que não podemos adiar. Crescer é uma delas. E porque não há o que adiar.... há que viver.

De qualquer forma e por estranho que isto pareça, no fundo o que me interessa dizer é que está tudo bem. Só podia!

terça-feira, 17 de julho de 2007

o bom, o mau e o assim-assim

estou aborrecida! é inegável! doi-me a cabeça, sinto um burburinho, estou irritante! mas de facto a impotência é o pior dos sentimentos! porque é avassalador em todos os sentidos. não dá margem de manobra. nem sei bem como colocar... é desarmante! quando aparece causa danos... muitos... e alguns permanentes.

estou aborrecida! porque sentir-me impotente tolda-me o discernimento e causa-me arrepios. a incapacidade (ainda que não permanente) de não conseguir finalizar aquilo que pretendo é indescritivel. e por mais que queira não chego lá... brrr

amanhã será melhor! por agora... nada mais há a fazer

domingo, 15 de julho de 2007

é antigo este...10.10.1995

Quão triste é a solidão de quem não quer estar só...
Pois se quando com alguém está, somente sozinho lhe apetece
Bem triste é o saber de não saber
O infeliz contente!
Vai vivendo e sorrindo..vai-se julgando feliz
E a vida por si vai passando
E os anos nada trazem para si.

terça-feira, 10 de julho de 2007

estava p'ra aqui a pensar sobre o tema desta dissertação e depois lembrei-me... isso é seguramente o de menos importância. escrevo porque sim! porque é e foi sempre igual. porque sempre escrevi como forma de expurgar a alma e expiar os sentidos. porque comunicar desta forma permite-me dizer tudo aquilo que a voz nem sempre consegue, mas que grita cá dentro e anseia por sair. o tema sou eu. o que me rodeia. o que me aflora ao teclado. escrevo, porque escrever é-me tão intrinseco, como respirar, sorrir e chorar. para mim ser humana é escrever, é dividir, é partilhar. escrevo porque enfim...