quinta-feira, 3 de julho de 2008

primavera

todo o amor que nos prendera
como se fora de cera
se quebrava e desfazia
ai funesta primavera
quem me dera, quem nos dera
ter morido nesse dia

e condenaram-me a tanto
viver comigo meu pranto
viver... viver sem ti
vievndo sem no entanto
eu me esquecer desse encanto
que nesse dia perdi

pão duro da solidão
é somente o que nos dão
o que nos dão a comer
que importa que o coração
diga que sim ou que não
se continua a viver

todo o amor que nos prendera
se quebrara e desfizera
em pavor se convertia
ninguém fale em primavera
quem me dera, quem nos dera
ter morrido nesse dia

David Mourão-Ferreira


Um comentário:

Anônimo disse...

Mais poemas, mais fotos, mais desabafos, quero mais...
Beijos amiga irmã!
Maggy