nunca ninguém está totalmente bem. ninguém nunca está completamente feliz (exceptuando tu, ana barbára, nesta fase louca da tua subida de rio, ou tu, doce catarina, que vês em cada um de nós o melhor que guardamos cá dentro e crias um mundo feliz para ti e todos os que te rodeiam). porque ser feliz é complicado! porque nós complicamos o acto de sermos felizes. a vida, na sua pressa quotidiana, tolda-nos os sentidos e aniquila-nos as hipóteses e por vezes o que está tão perto aparenta estar tão distante que a felicidade morre, a um passo, nas nossas mãos.
reflectindo um pouco mais é tudo uma questão de lealdade, acho eu, ou quem sabe de mero amor-próprio. alguns amam em demasia, abstraem-se de si mesmos, anestesiando os seus desejos e vontades, ficando prisioneiros; para esses a felicidade é externa, dependente de uma segunda-parte, que nunca lhes pertence e que a qualquer momento lhes foge... como a maré na vazante, que abandona a praia que todos os dias volta a beijar. os demais invertem a equação; amam em catadupa, querem em exagero, valorizam ao extremo, tudo em e para si. a sua vontade é soberana. a sua razão a válida. Egoistas? talvez, não sei. Felizes? uns quantos, não mais. mas também estes não o conseguem sozinhos, porque sem ninguém sobre quem exercer a sua magnitude, de nada lhes serve o controlo e a razão, e a felicidade tarda em chegar-lhes.
a lealdade de que falo é para com cada um de nós. é amor por nós, que se reflecte nos demais. é sentimento, capaz de revelar o melhor de cada um, na esperança sincera de que tal seja aceite, e com a certeza de que só assim vale a pena.
miga, quando choras como hoje, eu choro contigo, porque me dói a alma de saber-te assim. por isso, e porque a tua felicidade é também minha, sabes que estou aqui. hoje e sempre... para te ver sorrir!
Um comentário:
A vida é uma letra sem música!
Obrigada amiga...Beijo verde
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